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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Hoje é dia homenagear o escultor, desenhista, gravador e ceramista
pernambucano Abelardo da Hora.
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Escultor, desenhista, gravador e ceramista, Abelardo da Hora nasceu em 1924, na Usina Tiúma, em São Lourenço da Mata, Pernambuco.
Fez curso de Artes Decorativas no Colégio Industrial Professor  Agamenon Magalhães, Curso Livre de Escultura na Escola de Belas Artes de Pernambuco e Curso de Bacharelado em Direito na Faculdade de Direito de Olinda.
Em 1942, à frente do Diretório Acadêmico de Belas Artes, comandava um grupo de alunos que pintava e desenhava paisagens nas matas do bairro da Várzea, quando seu trabalho chamou a atenção do industrial Ricardo Brennand que o contratou. Trabalhou para o industrial de 1943 até 1945, realizando vários trabalhos em cerâmica, jarros florais e pratos com motivos regionais em relevo e em terracota.
Nessa época, Francisco Brennand, filho de Ricardo Brennand, vendo-o trabalhar se interessou em fazer as primeiras tentativas de pintar cerâmica e desenhar.
Em 1945, foi para o Rio de Janeiro onde trabalhou num atelier improvisado na garagem da casa de Abelardo Rodrigues.
Em 1946, volta ao Recife e passa todo o ano de 1947 preparando sua primeira exposição de esculturas, que foi realizada em abril de 1948, na Associação dos Empregados do Comércio de Pernambuco, sob o patrocínio do Departamento de Documentação e Cultura da Prefeitura Municipal do Recife. A exposição teve grande repercussão pelo conteúdo e forma, mas também porque foi a primeira exposição de esculturas realizada no Recife.
Ganhou o Primeiro Prêmio de Escultura nos III e IV Salões de Arte Moderna, em 1940 e 1950, respectivamente.
Idealizou e criou com Hélio Feijó e outros, a Sociedade de Arte Moderna do Recife (SAMR) e, em 1952, fundou o Atelier Coletivo da SAMR, na Rua da Soledade, n.57 do qual foi professor e diretor.
Elaborou, entre 1955 e 1956, a pedido da Prefeitura do Recife, esculturas de tipos populares inspirados na cerâmica popular que estão em praças da cidade: Os cantadores e o Vendedor de caldo de cana, no Parque 13 de Maio, O sertanejo, na Praça Euclides da Cunha, em frente ao Clube Internacional e o Vendedor de pirulitos, no horto florestal de Dois Irmãos.
Foi eleito delegado de Pernambuco na Seção Brasileira da Associação Internacional de Artes Plásticas, da UNESCO, em 1956.
Durante os anos de 1957 e 1958 expôs em vários países da Europa, na Mongólia, na Argentina, em Israel, na antiga União Soviética, na China e nos Estados Unidos.
Lançou, em 1962, o álbum de desenhos Meninos do Recife e em 1967, a coleção de desenhos Danças brasileiras de carnaval, na Galeria Mirante das Artes, em São Paulo.
Foi também um dos idealizadores do Movimento de Cultura Popular (MCP), na gestão do então prefeito do Recife, Miguel Arraes. Como um dos diretores do MCP construiu e dirigiu a Galeria de Arte, às margens do Capibaribe, o Centro de Artes Plásticas e Artesanato e as Praças de Cultura, no Recife.
A sua obra é muito extensa e muitas delas podem ser vistas em vários locais públicos e prédios do Recife como, Joaquim Nabuco e a Abolição da Escravatura, painel de azulejo no Edif. Joaquim Nabuco, na Praça Joaquim Nabuco; Monumento à Restauração Pernambucana, na Praça Sérgio Loreto; O Pescador, no Banco Itaú do Parnamirim; Monumento à Convenção de Beberibe, na Praça da Convenção; Monumento à juventude na Universidade Católica de Pernambuco; Mulher deitada, no parque de esculturas do Shopping Center Recife; Mulher sereia, no Mar Hotel, além de várias outras colocadas em diversos prédios residenciais.
Sobre a sua obra diz Abelardo da Hora:
 “Faço a minha arte respondendo a uma necessidade vital. Como quem ama ou sofre se alegra ou se revolta, aprova ou denuncia e verbera. Fruto das coisas que a vida ensina...
A marca mais forte do meu trabalho tem sido entretanto o sofrimento e a solidariedade. A tônica é o amor: o amor pela vida, que se manifesta também pela repulsa violenta contra a fome e a miséria, contra todos os tipos de brutalidade, contra a opressão e a exploração."
Fonte: Fundaj


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